LAURA SEPSIS
A SEPSE mata no mundo uma pessoa a cada 2 minutos. No Brasil, é motivo de +50% da mortalidade hospitalar, o que corresponde a 250 mil mortes a cada ano.
Monitora em tempo real os dados vitais dos pacientes para detectar precocemente a instalação da Sepse, permitindo uma redução de até 20% das mortes.
Quando você tem Sepse, é como se o seu corpo estivesse tentando lhe matar, pois a Sepse é uma resposta desregulada e exagerada do seu sistema imunológico a uma infecção, que provoca uma disfunção orgânica. Essa resposta tóxica provoca reações de aceleração cardíaca, aceleração respiratória, aumento excessivo de oxigênio, entre outras, comprometendo o organismo por anormalidades circulatórias, metabólicas e celulares. Não sendo tratado precocemente, em poucas horas o quadro pode evoluir para Choque Séptico, cujas reações se tornam mais graves, que podem culminar no colapso das atividades vitais, causando a morte por falência dos órgãos.Estima-se que haja 2 milhões e meio de casos de Sepse por ano no Brasil e, desse número, cerca de 250 mil pessoas morrem anualmente. A Sepse mata mais que o câncer e lidera o número de mortes em praticamente todos os países do mundo. A Sepse mata uma pessoa a cada 1 minuto e meio e o mais incrível é que 8 em cada 10 pessoas no mundo sequer conhecem a palavra Sepse. Sendo detectada precocemente a Sepse e tratada como emergência médica é possível salvar cerca de 12 mil vidas por ano no Brasil.
Segundo o ILAS, Instituto Latino Americano de Sepse, cuja missão é aperfeiçoar a qualidade assistencial do paciente de sepse, por meio da implementação de protocolos para tratamento e redução da Sepse, o custo diário de um paciente de Sepse nas UTIs brasileiras é de US$ 934, com internação média de 9,5 dias. Os números não são nada animadores, pois as estatísticas dão conta de que 25% da ocupação dos leitos em UTI no Brasil são de pacientes acometidos por Sepse.
Durante o período de 2005 a 2015, estiveram internados em hospitais privados do Brasil 17.224 pacientes, sendo possível afirmar que quase a totalidade é cliente de algum plano de saúde. Considerando ainda que o tempo de permanência é, na média, cerca de 9,5 dias, ao custo de US$ 934, alcançamos a cifra de pouco mais US$ 152 milhões, o que equivale a pouco mais de US$ 12 milhões por ano, o que equivale a cerca de 44 milhões de reais por ano gastos pelos planos de saúde brasileiros na internação de pacientes por Sepse.
Por outro lado, o Bases (Brazilian Epidemiologic Sepsis Study) divulgou um estudo de referência, no qual demonstrou a incidência de sepse grave no Brasil em cerca de 27% dos pacientes com mais de 24 horas de internação em UTI, e mortalidade de 47% após 28 dias de internação. O Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas) apurou que, no país, 48,7% dos pacientes com sepse grave e 65,5% dos que entram em choque séptico acabam morrendo. Conforme a última estatística do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, 250 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência de septicemia.
O ILAS apurou também que processos mais rígidos de detecção precoce do quadro de Sepse reduziram em 30 dias, num prazo de 3 anos, o tempo de internação de um grupo de cinco mil pacientes do Medicare, o seguro de saúde mantido pelos EUA. Também causaram a redução de até 57% da possibilidade de evolução da Sepse e a redução do custo total do atendimento por Sepse em até 18%.
Com a detecção precoce de um quadro infeccioso, isolando os casos de risco por tecnologia cognitiva, acelerando processos para o tratamento e mediação da infecção para evitar a instalação da Sepse, conciliando com o uso intensivo dos protocolos de Sepse, é possível alcançar uma redução de internações em UTIs e, consequentemente, a redução do custo total do atendimento por Sepse em 18%, o que equivale a uma economia na ordem de 8 milhões de reais por ano.