LAURA BLOOD
Monitora o banco de sangue, gerando campanhas de doação direcionadas diretamente aos doadores do tipo sanguíneo necessário.
O #robolaura prevê o perfil de risco dos procedimentos cirúrgicos, detectando com precisão a necessidade de transfusão e as medidas de sangue e hemoglobina a serem utilizadas.
O #robolaura calcula o consumo de sangue por imagem das toalhas de limpeza do sangue pós procedimento cirúrgico, gerando alertas sobre desvios de perdas.
A função do sangue é transportar substâncias de uma parte do corpo para outra, além de ser responsável por boa parte da proteção necessária para resistir aos agentes invasores. Os tipos sanguíneos são identificados por antígenos próprios, localizados na membrana plasmática dos glóbulos vermelhos. Um antígeno é uma substância que pode ativar o sistema imunológico para dar respostas relacionadas com a produção de anticorpos.Aumentar a oferta e disponibilidade de sangue coletado nos hemocentros é uma preocupação constante das instituições de saúde ao redor do mundo. Os serviços de coleta e distribuição de sangue são primordiais para manutenção da vida de pacientes portadores de doenças ou traumas ou ainda nos casos cirúrgicos. Desse modo, assegurar que esse produto esteja disponível para uso em tempo hábil é fundamental para assegurar a saúde da população em geral.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o percentual necessário de doadores é de 3% a 5% da população de um país. No Brasil, apenas 1,9% da população doa sangue com regularidade e está muito abaixo da demanda de 5.500 bolsas de sangue todos os dias.
Um grave problema relacionado aos doadores é o fato de que no Brasil, apenas seis em cada dez doadores (59,52%) são voluntários espontâneos, aqueles que doam com frequência sem se importar com quem vai receber o sangue. O restante é impulsionado por amigos ou familiares de pacientes com necessidade de doação. Em Cuba, 100% são voluntários, Nicarágua 100%, Colômbia 84,38% e Costa Rica 65,74%.
Teoricamente, o sangue é um produto em abundância, uma vez que o ser humano tem rápida reposição e pode doar rotineiramente. Entretanto, não há um gerenciamento desse recurso, o que deve ser feito com muita eficácia, pois o sangue tem um prazo de validade entre 21 e 35 dias, dependendo da forma como foi coletado, conforme determinado pelo Ministério da Saúde.
Entretanto, sem um bom gerenciamento desse recurso, o sangue se torna um produto escasso. Por isso, é urgente a implementação de modelos que permitam o equilíbrio entre a demanda e a oferta, e isso passa necessariamente por algumas premissas básicas tais como: dados históricos; consistente base de dados de doadores e de possíveis doadores; análise de variáveis temporais; rapidez na geração de previsões; previsões com boa acurácia; recursos tecnológicos; eficácia no desenvolvimento das campanhas de doação.
Sem estas premissas, será mantida situação de poucos doadores e alto índice de descarte de bolsas de sangue, seja devido a falhas durante a coleta e processamento, prazo de validade vencido ou rejeição após os testes de controle de qualidade.
Além disso, bancos de sangue em estado crítico geram desperdícios invisíveis, tais como a permanência de pacientes além do prazo remunerado por planos de saúde ou SUS, aguardando a disponibilidade de sangue, pois o estoque de sangue sempre terá prioridade no atendimento de casos de emergência.
Além disso, o poder de aprendizagem de máquina do #robolaura usado na estimativa das perdas de sangue e hemoglobina durante os procedimentos cirúrgicos, pode reduzir o nível de perdas, trazendo benefícios em todos os sentidos.
Por meio da câmera de qualquer dispositivo móvel, o #robolaura captura imagens das toalhas cirúrgicas utilizadas para limpar o sangue, calculando o volume retido por cada toalha em questão de segundos após a captura da imagem.
Um estudo da Premier, uma instituição de pesquisa da melhoria de desempenho dos hospitais dos EUA, depois de analisar cerca de 460 hospitais estadunidenses, concluiu que o sangue representa a oitava maior oportunidade de economia para os hospitais, algo próximo de US$ 1 milhão por ano.
Por outro lado, um estudo recente envolvendo 48.000 pacientes na universidade Johns Hopkins detectou grande variabilidade na mensuração da necessidade de sangue e hemoglobina, um aumento significativo do risco de mortalidade (88%) e infecções (69%) e o mais impactante, que cerca de 40% das transfusões de sangue são relatadas como desnecessárias, o que alcança um prejuízo de cerca de US$ 10 bilhões no sistema de saúde dos Estados Unidos, anualmente.